Como a IA está redefinindo os data centers

A IA desempenha um papel crucial na transformação dos data centers, capacitando as empresas a operarem de forma mais eficiente e resiliente.

A inteligência artificial generativa e o aprendizado de máquina estão prestes a transformar o cenário do design e construção de data centers no Brasil. Inicialmente, irão impulsionar a demanda por novos centros de processamento de dados eficientes e seguros. Para atender à crescente necessidade de infraestrutura suportando assim as aplicações de IA em expansão. Conforme a inteligência artificial desponta como uma das tendências mais inovadoras para a próxima década.

Estas tecnologias prometem redefinir a maneira como empresas operam e competem, automatizando uma vasta gama de tarefas, impulsionando a produtividade, reduzindo custos e abrindo novas oportunidades de crescimento empresarial.

Globalmente, um amplo espectro de cargos e funções empresariais será impactado e o ecossistema laboral tende a se tornar mais inteligente, acompanhando os avanços na IA, exigindo que a força de trabalho seja cada vez mais capaz de lidar com questões complexas, adaptando-se às demandas de um ambiente empresarial em constante evolução.

No entanto, a transformação digital não é linear, nem democrática. No Brasil e América Latina nos deparamos com diversos desafios como a significativa dependência de tecnologias provenientes da Europa, Estados Unidos e outras regiões, tanto no campo da tecnologia da informação quanto na infraestrutura.

Para destacar um dos aspectos que envolvem a amplitude do desafio que enfrentaremos, as tecnologias convencionais atualmente em uso em nosso país têm a capacidade de refrigerar racks de até 25 kW. Contudo, a demanda da inteligência artificial exige racks com capacidade superior a 100 kW, o que apresenta desafios consideráveis em termos de climatização.

A excelente notícia é que já existem tecnologias disponíveis para transcender essa limitação. Uma das opções é o resfriamento por imersão, capaz de refrigerar grandes quantidades de processamento com um baixo consumo de energia.

Contudo, torna-se imperativo reavaliar tanto a carga tributária quanto a burocracia associadas à importação de novas tecnologias. Essas são as mudanças que podem não apenas facilitar a introdução de soluções inovadoras, mas também impulsionar a competitividade e a eficiência do setor de data centers no Brasil.

A adoção de avanços tecnológicos é crucial para que o setor empresarial do nosso país evolua em direção a uma tomada de decisão fundamentada em análises de grandes volumes de dados. Quanto mais rápida for a integração dessas inovações de inteligência artificial, maior será a vantagem competitiva obtida e mais significativa será a diminuição dos desafios ligados à implementação de modelos de IA nos processos empresariais.

O trampolim da Inteligência Artificial para o setor de data centers

A inteligência artificial promete transformar radicalmente o design e a construção de data centers por meio da aplicação direta na otimização do ciclo de vida da infraestrutura de dados. Desde a fase de concepção até a manutenção e operação, levando em consideração a eficiência energética, o resfriamento, a distribuição espacial e a capacidade de expansão futura.

A criação de designs mais eficazes e adaptáveis às mudanças tecnológicas, climáticas e de mercado possibilita a identificação de padrões e a otimização dos processos de construção. Reduzindo desperdícios e atrasos, podendo monitorar e ajustar automaticamente o consumo de energia em tempo real, baseando-se em padrões de uso, previsões climáticas e necessidades de processamento, garantindo uma operação mais sustentável e econômica.

Além disso, a IA promete revolucionar o design e a construção de data centers fazendo uso dela para potencializar desde a análise de projetos de data centers até a forma como esses são mantidos.

Explore algumas maneiras pelas quais essa transformação pode se manifestar:

Análise avançada de projetos:

A inteligência artificial pode ser empregada para realizar análises profundas e detalhadas dos projetos de data centers. Avaliando desde fatores como eficiência energética, design estrutural, layout espacial até requisitos de capacidade. Isso permite a identificação de soluções otimizadas e personalizadas para atender a necessidades específicas, atuando assim como uma ferramenta investigativa capaz de fornecer respostas adequadas aos problemas mais complexos com mínima intervenção humana.

Segurança aumentada e prevenção de fraudes digitais:

A inteligência artificial pode contribuir com a segurança dos data centers, através da análise avançada de comportamento, detecção de anomalias e resposta automatizada a incidentes, contribuindo de maneira substancial para a proteção contra ataques cibernéticos.

Previsão de eventos:

Dado a capacidade de poderosos processadores combinada à análise de grandes volumes de dados, a inteligência artificial é capaz de identificar padrões e realizar previsões sobre uma ampla variedade de eventos. Essa habilidade se revela especialmente valiosa na gestão de data centers em que a antecipação de tendências e a previsão de demanda podem ser cruciais para otimizar a eficiência operacional e para a garantia de um desempenho confiável da infraestrutura de TI.

Eficiência energética aprimorada:

A inteligência artificial pode desempenhar um papel essencial na otimização do uso de energia em data centers, alinhando-se aos princípios da sustentabilidade e proporcionando redução significativa nos custos operacionais.

Através de algoritmos avançados e análise de dados em tempo real, a IA é capaz de identificar padrões de consumo, ajustar dinamicamente os recursos e otimizar o funcionamento dos sistemas de refrigeração e energia, resultando em um ambiente mais eficiente e economicamente viável. Essas práticas não apenas reduzem o impacto ambiental, mas também fortalecem a resiliência e a competitividade dos data centers no mercado atual.

Manutenção preditiva avançada:

Por meio da inteligência artificial, pode ser possível antecipar potenciais falhas nos equipamentos antes mesmo de sua ocorrência, viabilizando a implementação de estratégias de manutenção preditiva e preventiva com um alto grau de precisão e assertividade.

Automatização do gerenciamento:

A Inteligência artificial poderá permitir a automatização de numerosas e custosas tarefas de gerenciamento de data centers, desde a alocação dinâmica de recursos até a otimização do desempenho de sistemas, liberando os operadores humanos para se concentrarem em tarefas de maior vantagem operacional, ou benefício agregado.

Esses são apenas alguns exemplos de como a inteligência artificial está definindo um novo padrão para o futuro dos data centers, tornando-os mais eficientes, resilientes e adaptáveis às exigências de um mundo cada vez mais digitalizado.

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O novo data center modular do SERPRO (Serviço Federal de Processamento de Dados) possui certificação conforme a norma NBR/ABNT 10636, atendendo aos critérios estabelecidos para garantir um ambiente protegido contra diversos riscos.

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Além de uma infraestrutura física robusta e resiliente, o Data Center possui certificação Tier III pelo Uptime Institute. Dessa forma é possível realizar manutenções concorrentes sem impactar no serviço para garantir a disponibilidade.

Edgefy: Case SERPRO: usina de geradores

PUE 1,4

O data center modular do SERPRO tem um PUE de 1,4 que é altamente eficiente, consumindo apenas 40% da energia total para operações de suporte, como climatização. Esse desempenho reflete um design otimizado e sustentável, garantindo economia e alta performance operacional.

Edgefy: Data center modular SERPRO: Tela de gestão do ar-condicionado

Planta baixa simplificada

O data center modular do SERPRO é formado por múltiplos containers e oferece uma infraestrutura completa e segmentada, garantindo eficiência e segurança. Com áreas separadas para front desk, NOC (Centro de Operações de Rede), data halls, salas elétricas, e uma usina de geradores, ele permite maior controle e gestão operacional. Essa estrutura modular também proporciona escalabilidade, permitindo que novos containers sejam integrados conforme a demanda cresce, além de oferecer alta resiliência por meio da segregação de sistemas críticos e operacionais.

Edgefy: Data center modular SERPRO: Planta baixa simplificada
Edgefy: visão em perspectiva do SERPRO, formado por data centers em containers.
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