7 tendências que moldam a próxima era dos data centers

Desvendando as tendências que moldam o futuro dos data centers: inovação, eficiência e sustentabilidade em foco.

A evolução contínua da indústria de data centers reflete a necessidade crescente de atender às demandas por capacidade, eficiência e inovação. Neste cenário dinâmico, sete tendências específicas emergem como forças impulsionadoras que moldarão o futuro da infraestrutura digital.

1. Edge Computing

Edge Data Centers representam uma verdadeira revolução no cenário tecnológico atual. Mais do que meros centros de processamento de dados, essas instalações desempenham um papel estratégico crucial na interconexão global.

Sua presença próxima as fonte e ou pontos de uso final dos dados possibilita a redução significativa do tempo para envio e recebimento de dados, promovendo uma transferência de informações mais rápida e eficiente. Essa arquitetura está transformando a forma como os dados são processados e distribuídos, impulsionando a era da conectividade instantânea e confiável.

Com o avanço dos dispositivos IoT (Internet das Coisas) e o crescimento das aplicações que demandam baixa latência, tornou-se imperativa a adoção de data centers mais próximos dos usuários finais.

A construção de data centers “edge” aprimora significativamente o desempenho das aplicações, descentralizando a infraestrutura de TI e, consequentemente, moldando o futuro dos data centers, proporcionando uma experiência mais rápida e eficiente ao usuário final, afinal, quanto menor a latência, mais rápida é a resposta entre os dispositivos, o que é crucial para a eficiência e desempenho das comunicações digitais.

2. Sustentabilidade e Eficiência Energética

À medida que a crise climática se torna uma prioridade global, a demanda por data centers mais sustentáveis está em ascensão e a abordagem voltada para a eficiência energética, o aproveitamento de fontes renováveis de energia e o emprego de tecnologias avançadas de refrigeração está ganhando destaque na indústria.

Essas iniciativas não apenas reduzem o impacto ambiental dos data centers, mas também promovem a economia de recursos e o uso responsável da energia. Ao adotar práticas sustentáveis, as empresas podem não apenas atender às demandas ambientais crescentes, mas também alcançar benefícios econômicos a longo prazo, posicionando-se como líderes em responsabilidade corporativa.

3. Data Center Modular

A adoção de abordagens modulares na construção de data centers proporciona uma notável flexibilidade e escalabilidade às empresas. Por meio de módulos pré-fabricados, é possível adicionar capacidade de computação conforme a demanda aumenta, o que resulta em uma rápida expansão e redução dos prazos de implementação. Além disso, essa estratégia permite uma alocação mais eficiente de recursos, contribuindo significativamente para a redução do TCO (total cost of ownership).

Diante dessa combinação de flexibilidade e eficiência, os data centers modulares emergem como uma opção altamente atraente para empresas que buscam responder de maneira ágil e econômica às demandas dinâmicas da atividade empresarial.

4. Liquid cooling ou Resfriamento Líquido

A eficiência no resfriamento é fundamental para diminuir os custos operacionais dos data centers. Recentemente, soluções de resfriamento líquido, como a técnica de imersão em líquido, têm recebido atenção devido à sua capacidade superior de dissipar calor em comparação com os métodos de resfriamento tradicionais. Essas inovações representam um avanço significativo na gestão térmica dos data centers, proporcionando maior eficiência energética e reduzindo o impacto no consumo de energia da rede elétrica.

5. Inteligência Artificial (IA) e Automação

A integração da Inteligência Artificial (IA) e da automação está transformando a gestão e operação dos data centers. Essas tecnologias são aplicadas na otimização de recursos, previsão de falhas, automação de tarefas repetitivas e monitoramento em tempo real, resultando em uma significativa melhoria na eficiência operacional. Essa abordagem avançada não apenas reduz custos e aumenta a confiabilidade, mas também permite uma resposta mais ágil a problemas potenciais, garantindo assim um ambiente de data center mais resiliente e adaptável às demandas em desenvolvimento incessante e crescimento contínuo.

6. 5G e Conectividade Avançada

O avanço da tecnologia 5G está impulsionando a demanda por data centers capazes de processar dados levando em consideração a largura de banda larga, ou seja, a capacidade de uma conexão de rede transmitir uma grande quantidade de dados em um curto período de tempo.

Quanto maior a largura de banda, mais dados podem ser transmitidos simultaneamente, resultando em uma conexão mais rápida e eficiente. Essa capacidade é essencial para suportar atividades que demandam muito tráfego de dados, como streaming de vídeo, videoconferências, jogos online e transferência de arquivos grandes.

Além da banda larga, a latência reduzida também é uma demanda do consumidor final, porque representa o tempo que um pacote de dados leva para percorrer um determinado caminho em uma rede de comunicação. Uma latência menor indica que os dados estão sendo transmitidos com maior rapidez, enquanto uma latência maior significa que há uma demora na transmissão.

Latência baixa é essencial para aplicações que requerem respostas em tempo real, como videochamadas, carros autônomos e transmissões ao vivo. Assim, reduzir a latência é fundamental para melhorar a experiência do usuário e a eficiência das comunicações em rede.

O sistema 5G depende, essencialmente de largura de banda larga e de baixa latência para oferecer conexões mais rápidas e estáveis por meio de data centers capazes de suportar uma infraestrutura de rede mais robusta e eficiente.

7. Regulamentações e padrões regulatórios

A conformidade com regulamentações de segurança de dados e padrões da indústria está se tornando cada vez mais prevalente na construção de data centers. Essa tendência visa garantir a proteção e integridade dos dados armazenados, atendendo às exigências legais e de segurança da informação.

No Brasil, as regulamentações de segurança de dados são estabelecidas principalmente pela Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD), que entrou em vigor em setembro de 2020. A LGPD define diretrizes e requisitos para o tratamento de dados pessoais por organizações públicas e privadas e estabelece princípios fundamentais para a proteção de dados, como transparência, finalidade, adequação, necessidade, livre acesso e segurança.

Além da LGPD, setores específicos podem ter regulamentações adicionais de dados, como o setor financeiro e de saúde, que são regulados pela Lei Complementar 105/2001 (Sigilo Bancário) e pela Lei 13.709/2018 (Lei da Proteção de Dados Pessoais), respectivamente.

O descumprimento das regulamentações de segurança de dados pode resultar em penalidades significativas para as organizações, incluindo multas e sanções administrativas.

Essas tendências estão remodelando a paisagem dos data centers, exigindo adaptação e inovação contínuas por parte das empresas para acompanhar o ritmo acelerado das mudanças na indústria digital.

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